still

quinta-feira, abril 21, 2011


Eu esgotei-me e aprendi contigo. Falei demais na noite em que tudo podia ter acontecido e nos momentos mais críticos certifiquei-me que era para ti que eles se viravam. Lembras-te quando nos chovia em cima? E nós brindávamos à incoerência do nosso amor catártico, como naquela paragem. Na paragem onde realmente o mundo parou a nossos pés, e o teu riso abafou a multidão enquanto me encharcavas o rosto e eu de olhos fechados, agradecia a Deus. Hoje, tudo isso são miragens que a própria conta do destino escondeu. Convenceste-me, quase sem dares por isso, que o mundo pode ser um lugar pior e que a única coisa que temos de dar valor é à vida. A única coisa que realmente temes, é a morte, ou o facto de não poderes viver livremente. E eu no fundo admiro-te. Afinal, as cicatrizes não doem, dizes.

You Might Also Like

2 comentários