terça-feira, junho 14, 2011


Amar-te foi talvez a escolha mais fácil. Cedeste às minhas vontades, aos meus momentos, à minha anarquia. Imprimiste na tua ausência, a necessidade de estares ligado. Amar-te foi também a escolha mais cruel. Prender-me; prender-te; pedir ao tempo duas vidas. Confiar de olhos vendados na possibilidade da tua mão nunca me escapar do corpo. Eu não contava que te cansasses. Vi-te chegar pela enésima vez, sem imaginar que te fosses despedir. Na verdade, nem motivo houve para criar uma despedida. Amarraste as memórias e lançaste-as diante dos meus olhos, sem um pingo de caridade.
O nosso amor sempre foi um amor de minutos contados. Condensados num espaço que se julgava impreterivelmente só nosso. Pergunto a todos os beijos, onde isto nos levou. Quando também eu, te deixei, ficou o desejo de que todas as promessas se transformassem em motivações, e essas motivações em respostas. Quando saímos ambos por fim, deste quarto a extravasar o cheiro de um amor trabalhado pelos dois, ficou o silêncio-a pairar nas mesmas almofadas em que juntos nos perdemos-comprometido de um segredo que destruímos os dois.
Definitivamente, não vais sentir a mesma indignação através de uma discrição tão sintética.

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26 comentários

  1. já sabes que adoro a forma como expressas o que sentes.

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  2. não sei se vai levar a algum lado isto, mas pronto :c

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  3. tudo volta a ficar bem, acredita (:

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  4. quando são fortes a tendência é lutar para que não acabe (:

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  5. vou seguir-te querida (:

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  6. és e muitoooooooooooooooooooo

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  7. vais ter exames de que?

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  8. estás em humanidades, não é?

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  9. Bolas isto está realmente perfeito, está. Senti as palavras*

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