inabdicável

sábado, julho 23, 2011


Acho que já não consigo abdicar do significado que tem poder venerar-te mesmo assim, tão absurdamente longe de ti. Sinto-me disposta a apostar numa vida em que será sempre aquele comboio que vais entrar e que me irá atravessar vezes e vezes sem conta, até que finalmente saibamos o que é estar em casa.
Sabes, tenho tendência a olhar para trás frequentemente e tenho medo de não ser capaz; medo de parecer pequenina entre o brio do teu antigamente, medo de me deixar ir passivamente para um lugar eventualmente melhor. Na verdade, só quero que gostes de mim, da expressão dos meus olhos quando se riem, da minha voz quando falo a verdade.
Tens-me vindo a matar com a delicadeza dos teus dias e eu sinto-a a dançar sobre o meu sono minando tudo que de bom está para acontecer. E sou eu, sou eu da cabeça aos pés; eu antes e depois do álcool destilar duma noite de altos e baixos; eu quando te peço-por favor-para ouvir a tua voz mais uma vez.
Acho que já precisava de ti mesmo antes de me enrodilhares a vida. Talvez seja tudo uma questão de tempo, desde o dia que nasceste, desde aquele fatídico primeiro dia do resto da tua vida, que num outro lugar alguém me pôs no teu caminho. Perdoa-me se minto, mas não imagino melhor altura para te terem arrastado até mim. Lamento não saber fazer das coisas fáceis e, tomara que o relógio espere por nós.

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10 comentários

  1. É muito bom saber isso, acredita. Também me identifiquei muito com muitas das tuas palavras. Sim, vou para longe. Seguir outro caminho, outra vida.

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  2. Outro país. Tenho medo do desconhecido, como é óbvio. Tenho medo de deixar aquilo que conquistei. Tenho medo desta volta de cento e oitenta graus. Mas não há nada como tentar.

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  3. Por vezes é difícil, muito até. Mas não há nada como acreditar em nós (nem que seja por breves momentos). Se não conseguir chegar à meta pelo menos participei e tentei lá chegar. Afinal a vida não é mais do que um jogo (do qual eu não pretendo desistir). E muito obrigada pela força e pelo apoio, princesa.

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  4. eu dou o máximo de informação sobre ti xD
    obrigada por estares a dormir, morcega. Agora vou ter de passar a tarde sozinha, na polícia :c

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  5. Passou mais um ano por ti, mas nem parece continuas exactamente com o mesmo aspecto. Já tens dezassete anos de vida, não parecem, mas são muitos. O tempo passou correr, é certo, e que tenho eu para te oferecer ainda mais? Já tens tudo de mim. Cada momento passado do teu lado, é uma alegria constante, um minuto sorridente, uma frase engraçada, um gesto de palhaçada e tenho a agradecer-te por me proporcionares desses momentos gloriosos e felizes e por eles serem do teu lado. Podia aparecer em tua casa à meia noite com um queque na mão e uma vela com o número dezassete, ou ligar-te ao berros, mandar-te um CD a cantar os parabéns, mas para quê? Sabes exactamente tudo o que tenho para te dizer, sem sequer ser preciso eu abrir a boca. Tenho a plena noção que não vou ser a primeira a dar-te os parabéns, mas não faz mal, não serei a última e nunca me esqueço de te os dar e isso é importante. És a minha melhor amiga, de verdade, e farei sempre tudo para te ver feliz, porque já sabes que quando tiveres uma lágrima de tristeza, parte-a ao meio, dá-me metade e chorarei contigo. Quando eu tiver um sorriso de alegria dou-te inteiro só para te ver feliz!Parabéns, dezassete parabéns. E goza, goza muito a tua noite!Amo-te!

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