apelo

segunda-feira, agosto 27, 2012


A antítese? É que enquanto tu gracejas com a tua vida e com as componentes que ela te trouxe, eu enfrento alienações verdadeiramente pesadas. Onde andas tu para arrancar farpa por farpa do meu corpo e soprares na esperança que a dor seja menor? Era a tua função. Porque continuas a falhar amiúde a quem te salvou? Já se tornou cansativo te dizer que és uma desilusão, mas já pensaste que não o és só para mim? Rebobina meio ano atrás. Não te estarás a desiludir a ti próprio? Não estarás a desiludir aquela mulher que muitas horas passou contigo naquela sala? Essa que hoje tem de enfrentar sozinha os tormentos que eu trago nos ombros, mas que na altura, não te deixou enfrentá-los sozinho... Se me conhecesses -como sei que o conheces- perceberias por ti que nada do que te atiro é sincero e, se eu te conhecesse -como achava que conhecia- não estaria sozinha a carregar este fardo.

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