sábado, agosto 27, 2011


Tudo me custa muito menos, e por isso mesmo, os sorrisos são menores, os abraços cada vez mais fracos, as conversas inexistentes. Aqui, fazemo-nos espelhos uns dos outros, aqui somos pelos velhos ombros amigos a qualquer hora do dia ou da noite, aqui as palavras valem muito mais que um conforto ano a ano. Costumavas ser daqui, onde estás tu agora? Onde anda a tua sombra que me costumava secar as lágrimas mesmo antes de eu as deixar cair? Hoje a minha verdade seria mentira há um ano atrás. E eu lamento que nos mintam e que, inofensivamente nos vejamos a mentir também. Chamam-lhe ciclo. Eu chamo-lhe pena; pena dos que suportam desilusões do tamanho das minhas, sem nada que as possa inverter.

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