06.06

sexta-feira, junho 10, 2011

Não estou preparada para me habituar à ideia de que o que temos não é para sempre. Tenho saudades tuas, todos os dias e, mesmo quando não o soletro boca fora, digo-te em surdina (tu-mais do que ninguém-deverias compreender as minhas frases estagnadas). Já sou capaz de sentir o sabor das feridas de uma língua trincada para não dizer mais do que me é permitido. Há uma linha imensa de respeito entre nós as duas e, não hei-de ser eu a quebrá-la. 

Trago-te comigo pendurada ao peito, desde que me lembro. É indiscutível a força que temos quando nos cruzamos no mesmo espaço e a vontade que acalentámos em que dure sempre. Mas absurdamente, há ideias que se grudam a nós e torna-se doloroso arrancá-las uma a uma, sem que nenhuma de nós saia magoada. Sinceramente, já não me sinto na condição de ter certezas. Acho que é tudo uma questão de tempo, repito. Perdoa-me, mas não o sei dizer de outra forma.

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