A 3 de Janeiro de 2010 disse-te “quero apelar-te à realidade. A nossa amizade não é um livro aberto com páginas marcadas por rosas. Parou de crescer, como se tivéssemos definido um limite”. Sabes? Tinha razão. Estava no limite, sim, porque é impossível crescer mais que isto. Estou a dar uma vista de olhos a conversas nossas. Meu deus! Que queremos mais? Desde que te conheço, contei-te todos os meus passos importantes. Ajudaste-me a desviar cada pedrinha no meu caminho, a escolher sempre o melhor atalho para mim. Viste-me fracassar, viste-me no mais baixo que já estive, e ficaste-me a observar. Nem sempre me esticaste a mão, tinha de ser eu a subir sozinha. E eu sei que por vezes sou estúpida, mereço que o mundo me caia em cima. Tomo atitudes sem pensar, deixo-te a chorar. Já te roubei lágrimas por um capricho meu, nem me importei com o que te deixei a sentir. E nem sempre fui correcta, nem sempre agi bem; nem sempre fui aquilo que merecias, mas também nem sempre mereceste aquilo que fui. Sei que te sou realmente importante, e que pensas em mim todos os dias. Sei que mereces muito mais do que aquilo que já te dei. E lembras-te de te ter dito que haveria amizades que me fariam virar as costas ao mundo? A tua é uma delas. Enfrento multidões por ti, multidões. Defendo-te em qualquer situação, nem te ponho em causa. Não imagino eu, quem te possa deixar escapar. Vales tanto, tanto! Não é irónica a maneira como nos conhecemos? Louvo a Deus a minha mania dos ciúmes. Do que aconteceu entre mim e ele, apesar de tudo, posso dizer que saí vencedora. Fiquei contigo. Não me posso arrepender. És das poucas certezas que tenho, e sei que não te vou perder. Não sei se foste capaz de interpretar o brilho dos meus olhos, quando te tocaram pela primeira vez… Eram de orgulho. Porque és das melhores pessoas que conheço, e orgulha-me o que sou para ti. O que é belo, justo, santo e grande, eu amo em ti. E passe o tempo que passar, nada vai mudar. Tu sabes que eu te amo, sabes que te cuido, que sou louca por ti e que não vou deixar que ninguém te faça mal, nunca. Sabes que te confio mesmo; que te entregava o meu coração, para que ele pudesse bater seguro nas tuas mãos. Entregava-te a minha vida, de olhos vendados, para que cuidasses dela, através dos teus olhos. Não és parte do meu mundo, és o meu mundo à parte. Por tudo que já vivemos, e por tudo que ainda nos falta viver, obrigada!

Vamos lá colocar uma rosa, nesta página.

(estou esperando uma pulseira a dizer Filipa <3)