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quinta-feira, março 10, 2011



Não sei se as coisas deviam ser assim mas, tu é que nunca devias ter seguido no paralelo da minha realidade sem saber quantos mistérios maiores que tu na vida, te esperam. E sim, estou apaixonada! Sem pressas, sem rancor, sem culpa, sem sequer noção completa do espaço e das formas. Nem que não quisesse, tu estás aqui. Regressas todos os dias, e eu deixo. Regressas com uma teoria volátil que me diz a toda a hora que já não consigo ser livre de ti. (Existem tantas formas mais simples de dizer que gosto de ti.)
Nunca há um desígnio que despeça todas as outras tantas hipóteses de recomeçar outra vez. E é assim que quero viver contigo: sem que nunca uma decisão seja a sentença de morte para nenhum dos dois; no consentimento de todos os que nos olharam de mão dada no metro e os que ainda nos faltam olhar. O que eu quero é que me saibas dizer Não com o jeito autêntico dos egoístas e que me prendas a ti pela ocasionalidade deste nosso segredo adiado. O que quero é poder amar-te sem medo do tédio ou de um qualquer enfastiamento precoce. Talvez ninguém devesse partilhar a nossa realidade, senão nós. Mas eu digo a todos, e digo ao mundo em redor, que somos apenas dois adolescentes a saltar barreiras de uma vida demasiado simples para ser simples. Talvez sejamos duas peças nada simétricas que se encaixam ou pelo menos, hoje acreditamos que sim. Eu amo-te, e sei que contigo não terei de perder altura, porque terei subido apenas o que me foi legítimo subir.

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